E se foi quando o vento fez a curva.
Não a vi partir, só senti a ausência e no meu peito parecia ter uma prensa. Não consegui pensar no motivo, será que foi por algo óbvio, mal-resolvido?
Foi díficil chegar em casa e não ver aquela calcinha de bolinhas, pequeninha e todas as outras que eu tanto gostava, penduradas no box do chuveiro.
Resolvi sair de casa, agora chove. Vejo meu reflexo na poça que se formou na rua, aquela mesma, em que passavamos, diariamente, no caminho de volta para casa.
Talvez a culpa foi do vento, o mesmo que a trouxe e encheu minha vida de alegria, agora a levou numa tarde sombria.
Ou a culpa é da rotina, me livrarei dela novamente e quem sabe o vento te trará mais uma vez, e sairei desta corrente de ar, essa brisa que faz me afogar na sua ausência.
A curva do vento
Eu
Gordinha
2 leram:
Que lindo, moça!
Todo o meu respeito e admiração aos que conseguem escrever além das barreiras do gênero. Sentimentos, feito anjos, não têm sexo.
Adorei lê-la de novo!
Beijos,
Moni
Que lindo!
Culpa da rotina e principalmente do comodismo deixar as coisas irem embora só assim perceber, o quão são importantes.
beijo querida.
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