Compassos

Descalça andava. Em cada passo trocado seus pés levemente bagunçavam os finos grãos de areia.
No compasso da solidão continuava a andar.
Ao longe podia ver as marcas em seu jovem corpo. De perto cicatrizes de uma vida conturbada lhe cercavam.
Seu rosto sereno tranquilizou as águas, agora tocava o limite da areia com o mar.

O cheiro da maresia lhe sufocava e recepcionava, presentiu que ali era o fim.

Desespero. Uma onda lhe envolveu. Neste turbilhão o mar lhe soltou, sentiu areia em seu corpo.
No compasso da criação o mar lhe deu uma chance.
Ao longe uma silhueta repousando. De perto uma camada de pele sai e se renova.
Seu rosto sereno se tranquilizou, agora o mar lhe tirou o fardo e apagou as marcas e cicatrizes dessa vida conturbada que um dia lhe cercou.

4 leram:

Anônimo 6 de outubro de 2009 às 10:11  

Lendo com calma dá pra perceber como a história gira, feito um redemoinho no mar.

Marcelo Mayer 6 de outubro de 2009 às 11:09  

e tudo acabou em brisa

belo!

Bianca 6 de outubro de 2009 às 11:37  

Ela não podia ter encontrado um salva vidas saradão? anh?anh?

Tiago Moralles 6 de outubro de 2009 às 21:25  

E saiu \o/

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