Microconto #44

Quando o dono se foi, o lápis se calou, o papel amarelou e a personagem sem futuro ficou.

Pensamentos #11

Falaram que na palma da mão tem a linha da vida.
Droga! Se calcular em centimetros acho que tenho só mais 5 anos.

Sem ti

Sente meu corpo gelado
Esvaído de vida
Jogado aos vermes
Na terra largado

Tudo isso senti.

A curva do vento

E se foi quando o vento fez a curva.

Não a vi partir, só senti a ausência e no meu peito parecia ter uma prensa. Não consegui pensar no motivo, será que foi por algo óbvio, mal-resolvido?

Foi díficil chegar em casa e não ver aquela calcinha de bolinhas, pequeninha e todas as outras que eu tanto gostava, penduradas no box do chuveiro.

Resolvi sair de casa, agora chove. Vejo meu reflexo na poça que se formou na rua, aquela mesma, em que passavamos, diariamente, no caminho de volta para casa.

Talvez a culpa foi do vento, o mesmo que a trouxe e encheu minha vida de alegria, agora a levou numa tarde sombria.

Ou a culpa é da rotina, me livrarei dela novamente e quem sabe o vento te trará mais uma vez, e sairei desta corrente de ar, essa brisa que faz me afogar na sua ausência.

Manifesto

Se há guerra, há um Deus onipresente que está do lado de quem vai vencer e ampara quem vai perder.
Capitalista, dá o dinheiro para as armas potentes e arrecada com solidariedade remédios para os novos indigentes e carentes.

Se Ele é justo? Pode ser, um dia vou entender.

Microconto #43

No centro de SP o cachorro olha o frango assar, do outro lado da rua, o garoto olha o sapateiro a sola colar.

Microconto #42

Quando Marcelo conheceu Paulo finalmente soube que o amor é uma faca de dois gumes.

Você escondida em mim

O telefone chama, mas você não me atende mais. Mesmo assim, gosto de ouvir sua voz na caixa postal, embora sempre falam que é irritante. 
Gosto do seu jeito e do teu cheiro, me lembra as canções que antes entoava, toda noite quando tinha pesadelos.
O seu apelo quando roço meu punhal em teu seio nu e sinto o arrepiar de seus pelos, me excita e me incita, você foi minha primeira e única mulher. 
In(felizmente), agora ouço sempre de perto teu telefone tocar e ao pegar sempre me deparo com o seu corpo entorpecido e sem vida a me olhar.
Mas, ao menos, consegui gravar em minha memória a sua voz, mesmo você gritando e eu brincando de te devorar. 

E nosso esconde-esconde, acabou com você escondida em mim.

A única forma de para sempre teu cheiro e tua voz me pertencerem e não ter mais pesadelos ao dormir.

CH3CH2OH (Álcool Etílico)

Quando tudo se perde
Mas não é esquecido
Voz se cala
Emudecida

Quando tudo se esconde
Mas não é sentido
Mente na vala
Enlouquecida

A cachaça se esvala 
A cabeça que exala
A solidão que abala
E na arma, enfim
A bala

Microconto #41

Depois de sua infidelidade, uma lição aprendeu: melhor sozinho do que triste!

Microconto #40

No amasso do metrô a mão alegre passava, mas na outra parada a solidão sempre chegava.

Pensamentos #10

Não há seguro no mundo que cubra uma morte acidental do amor.

Microconto #38

A folha em branco o fazia lembrar de sua memória perdida.

Canção anônima

Acorde G
Hoje prometeu-E
Que andaria de D
E sem C
Voltaria a rodar A
O eterno réquiem
Que B desfez
Quando enfim ela voltou

É gripe!

Toca o toco na colina
Sopra o sopro na surdina
Cala o calo na neblina
Nasce o morto na corisa

Feliz Ano Velho

Eu não sei como começo a falar dessa obra, pensei em um: Puta-que-o-pariu é muito bom!

Mas achei que seria muito pobre. Então digo:


Excitante da cabeça ao clitóris!


Depois de ler "Blecaute" e "Bala na Agulha" essa é a 3ª obra de Marcelo Rubens Paiva que tenho o prazer de ler e digo que foi no momento certo. Sempre quis falar sobre suas obras, mas achava não ter cacife, então, hoje tomei coragem, digamos que me sinto mais íntima do escritor, engraçado como suas obras fazem isso, desconfio ser pelo modo que ele fala das mulheres.


Feliz Ano Velho é a história de Marcelo, um anti-herói e herói ao mesmo tempo,tinha uma vida classe média comum, estudava Engenharia em Campinas e recebe mesadas mensais de sua mãe. 
Em uma noite se divertindo e bebendo com os amigos foi dar um mergulho, ao estilo "Tio Patinhas", bate a cabeça violentamente, o lago de meio metro não tinha "fundura" suficiente. Lesionou a cervical e perdeu instantaneamente o movimento de todos os membros abaixo do pescoço.

A partir daí, o livro se transforma em uma espécie de diário em que o personagem narra os desafios que enfrentou desde o longo tempo que ficou internado no hospital até finalmente a volta para sua casa em São Paulo - amigos, amigas, família, lugares, insônias, histórias, músicas, livros, sexo, amores, descobertas - a vida que Marcelo tinha antes e após o acidente se mistura com maestria.
Em nenhum momento da obra há sentimento de dó ou pena; sim de sensibilização, admiração, perdas, conquistas e porque não, boas risadas, quando ele confessa ter broxado uma vez, ou no momento em que viu seu pinto livre de sonda. Tudo isso sem ser piegas e sem ser um livro de auto-ajuda.

Rubens Paiva tem uma escrita simples, popular e sensual (muito sensual).
Nunca vi outro autor utilizar tão bem onomatopéias, tive a impressão de que ele te quer dentro da história, ao lado dele e no lugar dele. Assertivo em suas divagações e com bom humor.

Indico a todos lerem as obras de Marcelo Rubens Paiva são livros que quando termina você fica com saudades de ler.

Pensamentos #9

Outra definição de Amor:

Vírus imunodeficente em que a cada paixão acabada, a visão, aos poucos desembaça.
A cura nunca é total e, dependendo da pessoa, ele volta a te cegar.

A filha do Coronel

"A filha do coronel", assim era conhecida por todos em sua cidadezinha.
Tinha 17 anos, vivia na cidade grande para terminar os estudos em um lugar bom, e ir para São Paulo estudar naquelas grandes e caras Universidades.

Costumava morar em um canto escondido no interior de Pernambuco, onde o sol aquecia e sempre deixava o mormaço. Seu pai o "Coronel", tinha esse nome, não por ser da polícia e sim por ser o prefeito. Todos ainda votavam neste ser, pelas histórias de que ele sabia tudo, inclusive o nome daqueles que não votaram nele. Até mesmo porque aquelas pessoas sumiam, sem explicação.
Mas era um sujeito porreta, bom que só! Instalou o primeiro posto de saúde na cidade, e sempre falava em progresso, progresso aqui, progresso ali.
E, mesmo sem ninguém entender o significado dessa palavra engraçada, todos imaginavam ser algo bom.

Passados alguns poucos anos, os planos da filha do coronel se concretizaram, estava na hora de partir para a grande cidade. Ao mesmo tempo uma tragédia, seu pai perdeu as eleições e o dinheiro ficou curto.
Mas somente para ajudar na próxima "festa da democracia", mais algumas pessoas desapareceram da cidadezinha, menos um adolescente que sobreviveu e testemunhou seus pais serem brutalmente levados.
Mesmo assim, ela pegou o avião. Voou para o seu destino, levando o último dinheiro e esperanças de sucesso.

Se acomodou em um mínusculo apartamento na Augusta, bem próximo a Universidade. Estudou muito, se formou, com louvor e, seduzida pela cidade resolveu ficar.
Tinha um bom emprego e por coincidência encontrou um rapaz que também havia nascido em sua cidade natal, sua história era muito comovente: era órfão e superou o fato de ter assistido praticamente a morte de seus pais, e começaram a namorar.

Em uma ligação soube que agora também era órfã. Seu pai fora assassinado, no discurso de posse, era a 4ª e última vez que se elegia.
Mesmo com todos os privilégios e honras de seu pai a polícia arcaica da cidadezinha não conseguia descobrir o paradeiro de quem ceifou a vida do Coronel.

Ficou durante um curto período o mistério deste homicídio. Curto, porque finalmente a polícia Paulistana prendeu o suspeito, diante dos seguintes fatos:

"Uma moça pernambucana suspeitou que seu namorado a traia, pois desapareceu por 3 dias. Quando o rapaz voltou estava descontrolada e com uma faca na mão, pois não conseguia falar para tirar uma satisfação de seu namorado. No momento, o rapaz, estava tão amedrontado implorando por sua vida que, em um engano, acabou por confessar ser o assassino de seu pai. Mas que se arrependeu, pois, depois, percebeu que realmente se apaixonou pela "filha do Coronel"."

Microconto #37

Aprendeu com as aulas de piano que, definitivamente, ninguém (lhe) tocava melhor do que ela própria. E assim, a solidão virou sua companhia.

Microconto #36

Achava injusto sua dona ter decidido se jogar do 10º andar. Com esforço, a vida correu para ser resumida a tempo de passar por seus olhos.

Microconto #35

Sempre pensou em um modo de arrancá-la de sua vida. Mas nunca imaginou que alguém faria isso por ele, quando foi ao seu enterro.

Microconto #34

Nem se virando ao avesso, a velha prostituta, conseguiu encontrar em seu corpo algo que pudesse valer mais.

Excentricidade poética

O aço corta o céu plumbeo
E no chão o som do estúdio
Que exalta corpos
Tira o olor 
E o eco que aborta o ardor
Da batida pesada da vida
Em carregar o pesar do enluarar
E o sol sem pensar em retornar
Faltando força, na forca diante da poça
Da água que esbanja, a natureza que banca
E assim se derrete, sem festa, confete
Do céu que era limpo
Agora converte
O fel solidifica e o cheiro desce

 

Microconto #33

Ele partiu sem me dar a chance de dizer "Eu também..."

Microconto #32

A cama, desequilibrada fica ao sentir somente um corpo e, se lamenta quando chega a noite. 
Por outro, mais uma vez, sua dona foi abandonada.

O que há de errado?

O que há de errado comigo?
Meu amor estava contigo
Agora é inimigo
E dele me desvio

O que há de errado contigo?
Do meu corpo, quente, felino
Preferes de outro franzino
E deixa o meu a toa, vazio

O que há de errado conosco?
Paixão de chama quente
Agora só fumaça, latente
Jogado no terreno baldio

Pensamentos #8

Quinta-feira, véspera de feriado. 
E eu me sentindo um corno, no fim do dia.
Por ser o último que descobriria.

Que trabalharei no sábado.  

Microconto #31

Ao terminar seu romance com Marcos lembrou que não gostava tanto dele assim. Agora podia se recuperar daquelas velhas dores no joelho.

Conflitos

 

Da poesia de rima rica
A minha é pobre
Tal qual a criada fica
Frente a governanta nobre

Microconto #30

No chuveiro do vestiário, Roberto, escolhia seu novo pretendente ao cair de um sabonete.

Maria

Maria era simples.
Passadeira, lavadeira
Esfregava as roupas no tanque, com uma força mutante.

Maria era amante.
Namoradeira, paqueradeira
Conquistava um amor relutante, com um olhar brilhante.

Maria era raivosa.
Encrenqueira, zombeteira
Chegava no bar de modo alarmente, e descia seu braço impactante.

Assim Maria vivia.
Arteira, brasileira
Se aproximou com o seu abc perseverante, roubando esse nosso instante.

Microconto #29

Sentiu pela primeira vez algumas dores em um lugar que mal conhecia. Então, triste, constatou que esse tal de amor realmente é dor.

[De]Cadência

 

O segredo do bamba é a decadência do amor 
Com notas de ré, emoção e dedilhado 
E em mãos cheias de dor,
Surge a cadência de um samba tão abençoado 


O segredo do bamba é a emoção e dedilhado
Com notas de ré um samba tão abençoado
E em mãos cheias de decadência do amor,
Surge a cadência de uma dor


* Na foto Cartola 

Melhor dar férias ao amor

Se olhou no espelho e com seu reflexo desandou, seu amor deixou e seu sorriso amargou.
Nas loucuras do dia-a-dia mergulhou e, de cabeça racionalizou o fruto de alguém que murchou. 
Se achou, amadurecida, destemida. 
A fase de amar agora passou despercebida.
Atrevida, queria usar de sedução, mas tinha uma condição:

A de o outro olhar seu reflexo, desandar, o sorriso amargar e a cabeça racionalizar.
Para enfim, abandonar.

E espalhou. 
Agora neste mundo este sentimento acabou e resta a discórdia que deixou. 

Para esse alguém que um dia a amou e foi deixado, a redenção é seu legado. 
Talvez voltar no tempo. 
E proteger o fruto que secou, naquela alvorada.
Dar férias ao amor que um dia vai lhe deixar.

E num outro dia voltar a amar.

É o bastante

Eu não te quero por sexo
Eu te quero sedução
Eu não te quero por palavras
Eu te quero poesia

Não por educação
Sim gentileza
Não por aparência
Sim evidência

Não te quero por luta
Sim conquista
Não te quero lua
Sim sol

Brincar, olhar, me findar
                                        [No seu jogo de armar]
Seu corpo a me acariciar
Como uma tela a pincelar

Aprofanada

Tempo que consome Mundo que some
Da soma da vida
Subtração
vira

Fica então uma dívida
Da que se vai perdida
Tão querida 

Esquecida
Escrita

Aprofanada, roubada, calada
Parada.

Microconto #28

Adorava passar roupas diariamente. Pensava que assim poderia tirar as rugas de sua alma.

Looping

No embalo dos cigarros apagados, olhou para o cinzeiro.
Sentiu seu cheiro, deitou em sua cama e disse:
- Hoje é o último!
Acordou e novamente fumou.
Apagou seu cigarro junto a sua pouca memória recente.

E assim, de suas doenças nunca se curou.
Embora, vontade nunca lhe faltou.

Pensamentos #7

Me falaram que se deve enxergar com os olhos de dentro (do coração).
Agora tenho certeza de que o meu é miope.

De uma folha qualquer

De folha branca
Intocada
À uma mancha
focada
Cheia de escritas
traçada
Com identidade
contada

Microcontos #27

Te conheci num dia de tempestade! 
Pode ser por isso que meu coração inundou de amores por ti.

Microcontos #26

Todas as vezes que entrava no ônibus sentia algo novo. No aperto diário, sempre tinha um moço diferente.

Microcontos #25

Em mil pedaços deixou meu coração, quando me trocou por aquele tal de Ricardão.

Microconto #24

Rangia os dentes para disfarçar o contorcimento na cama. Mais uma vez estava sozinha.

Microconto #23

Disse Adeus, mandou procura-lá na esquina. Mas nem por lá se achou.

Eu sinto

Eu sinto


E, criei uma tela
Pensava em aquarela
Para imortalizá-la, bela

De repente me vi sentinela
Mirando o rosto de uma donzela

Então, descubri que não era aquela
Em cada pincelada, singela
Apagava o rosto dela

Microconto #22

No por do sol só pensava em amar, na alvorada só pensava numa desculpa para sumir.

Taxi Driver

Martin Scorsese é o responsável por este filme que rodou no fim da década de 70 e fez um enorme sucesso pela história peculiar, acão e violência. 

No casting temos Robert De Niro e Jodie Foster que aos 13 anos interpretou uma prostituta, papel que mudou sua vida, certamente!

Um veterano da guerra do Vietnã, que não vê sentido em sua vida vira um motorista de taxi para preencher suas noites, mas ao sair vê uma cidade miserável infestada por uma escória de prostitutas, cafetões, bandidos e então resolve "limpá-la".
Se depara com uma jovem prostituta e em um momento altruísta tenta convencê-la a sair desta vida, voltar a casa dos pais e estudar. 

Em contrapartida, estuda um plano para matar um senador, e falha, ainda assim conhece uma mulher que trabalha para o seu alvo e tenta cortejá-la, acaba descobrindo que seu talento não é esse, quando inocentemente a leva ao cinema para assistir um filme pornô. 
É um filme cheio de cenas clássicas e dialogos que são conhecidos até hoje. De Niro, construiu um personagem vazio, cheio de controvérsias e falhas de caracter, mas que por vezes me peguei torcendo para ele e sentido sua tensão em algumas cenas.
A melhor sequência está no final, mas essa eu vou deixar para vocês me falarem, não farei spoilers. É um longa que gera muitas discussões, por isso deixo o meu apelo: assista!

Mais uma coisa que preciso deixar aqui, Robert De Niro e seu moicano ficaram muito bons!

Microconto #21


Na arte de fazer inimigos, esqueceu como se faz
um amigo.

Microconto #20

Alguns pequenos detalhes passaram desapercebidos no matrimônio.
Ela era mesmo hermafrodita.

Old Boy

Talvez um dos melhores filmes que já assisti!

Esta é a segunda produção da trilogia da vingança dirigido por Chan-wook Park, no qual o primeiro é Mr. Vingança e o último Lady vingança.

Oh Dae-Su, personagem principal, é um homem casado que foi levado a delegacia por estar alcoolizado, ao sair para ligar e avisar o ocorrido para mulher, desaparece.
Em pouco tempo percebe estar em uma prisão. Um quarto simples de hotel, sem saídas, apenas uma televisão, durante seu cárcere recebe pouca comida e respira um gás que o faz dormir.
Durante sua prisão descobre que sua mulher foi assassinada, tenta suicídio, sem sucesso, e logo depois Oh Dae-Su está novamente no quarto.
Após várias noites tentando descobrir a possível pessoa que o trancou, finalmente conquistou sua liberdade.
Agora sua missão é se vingar de quem o fez perder 15 anos de sua vida. "A vingança da vingança" é o que melhor resume.

É um filme bem cuidado, com cenas muito bem feitas, pancadaria, violência e um roteiro intrigante, nenhum detalhe passa despercebido ou esquecido, tudo se explica.

Este filme foge completamente do óbvio, tenho que confessar que em alguns momentos fica um pouco cansativo, mas mesmo assim vale a pena continuar para ver o desfecho surpreendente desta história.

Eu faço

Tinha esse poema guardado e resolvi postá-lo, pois como todos puderam perceber estou um pouco distante daqui, infelizmente onde trabalho, não consigo atualizar...  e nem deixar comentários nos blogs que tanto gosto de ler.


Eu faço


Do lençol que usavamos fiz uma tela
As bordas com a madeira da cama em que descansou
Daquele amor, surrado, que um dia finalmente se esgotou

As tintas, das maquiagens que passou pelo teu pálido rosto
Usei para moldurar, as flores que cuidou com tanto gosto

Do teu espelho criei uma paleta, e ao misturar tirei mil cores em tons pastéis
Dos fios de cabelo espalhados, juntei e estão nos pincéis

Um quadro meu, que desejava fazer do seu eu, exclusivamente.
Tranquei com suas coisas pois, temi que não a tiraria mais de minha mente

    

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