Feliz Ano Velho

Eu não sei como começo a falar dessa obra, pensei em um: Puta-que-o-pariu é muito bom!

Mas achei que seria muito pobre. Então digo:


Excitante da cabeça ao clitóris!


Depois de ler "Blecaute" e "Bala na Agulha" essa é a 3ª obra de Marcelo Rubens Paiva que tenho o prazer de ler e digo que foi no momento certo. Sempre quis falar sobre suas obras, mas achava não ter cacife, então, hoje tomei coragem, digamos que me sinto mais íntima do escritor, engraçado como suas obras fazem isso, desconfio ser pelo modo que ele fala das mulheres.


Feliz Ano Velho é a história de Marcelo, um anti-herói e herói ao mesmo tempo,tinha uma vida classe média comum, estudava Engenharia em Campinas e recebe mesadas mensais de sua mãe. 
Em uma noite se divertindo e bebendo com os amigos foi dar um mergulho, ao estilo "Tio Patinhas", bate a cabeça violentamente, o lago de meio metro não tinha "fundura" suficiente. Lesionou a cervical e perdeu instantaneamente o movimento de todos os membros abaixo do pescoço.

A partir daí, o livro se transforma em uma espécie de diário em que o personagem narra os desafios que enfrentou desde o longo tempo que ficou internado no hospital até finalmente a volta para sua casa em São Paulo - amigos, amigas, família, lugares, insônias, histórias, músicas, livros, sexo, amores, descobertas - a vida que Marcelo tinha antes e após o acidente se mistura com maestria.
Em nenhum momento da obra há sentimento de dó ou pena; sim de sensibilização, admiração, perdas, conquistas e porque não, boas risadas, quando ele confessa ter broxado uma vez, ou no momento em que viu seu pinto livre de sonda. Tudo isso sem ser piegas e sem ser um livro de auto-ajuda.

Rubens Paiva tem uma escrita simples, popular e sensual (muito sensual).
Nunca vi outro autor utilizar tão bem onomatopéias, tive a impressão de que ele te quer dentro da história, ao lado dele e no lugar dele. Assertivo em suas divagações e com bom humor.

Indico a todos lerem as obras de Marcelo Rubens Paiva são livros que quando termina você fica com saudades de ler.

7 leram:

O Neto do Herculano 13 de agosto de 2010 às 09:24  

Li quando era moleque e me impressinou bastante à época, depois vi o filme (já não tão interessante).

Gordinha 13 de agosto de 2010 às 09:52  

Ainda não vi o filme, pq filmes baseados em livro, nunca transmite a mesma sensação que vc teve ao ler! Mas vou ver se pego, só por curiosidade!

Abraços!
=D

aapayés 13 de agosto de 2010 às 10:38  

Retomando las visitas y lecturas después de mucho tiempo sin pasar por tu blog.. Es un inmenso placer leerte..



Un abrazo
Con mis
Saludes fraternos..

Que disfrutes un bello fin de semana..

O Maldito Escritor 13 de agosto de 2010 às 22:41  

um putaquepariu seria bom... M. Paiva é foda baby...

Beijos

Mulher na Polícia 17 de agosto de 2010 às 08:52  

Ai, linda...

Quantos séculos de vida seriam necessários para eu poder ler todos os livros que gostaria de ler. Eu deveria ter feito concurso para bibliotecária.

Beijos.

Barbara C 19 de agosto de 2010 às 12:51  

Vou ler então.

Ta feito.

Bianca 20 de fevereiro de 2011 às 21:45  

"Pulei no rio e: BIIINNN!" Muito bom. Fica um pouco saudosista demais no meio do livro, mas é ótemo. Agora vc me empresta o Blecaute rs

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